Um mundo sem empregos
e o acesso às oportunidades
O trabalho era
uma necessidade e isso justificava sua obrigatoriedade moral. Depois tornou-se
um vício: para muito além do necessário, provedor das superficialidades
constantemente renovadas. Estamos próximos de não haver mais a necessidade.
Haveremos de artificializar essa ideologia para o bem do consumo e a
sustentação de um sistema que se pretende "natural"? Nada mais
contraditório. O homem precisa se dar conta de sua liberdade e se reinventar -
em breve.
O novo mundo assusta e causa insegurança,
mesmo entre os mais preparados, mesmo entre os mais abastados. Os jovens
pertencentes às elites sentem-se perdidos e não conseguem ter uma previsão
clara sobre seu futuro, não conseguem sequer saber se a profissão a que almejam
existirá no futuro. Essa é, sem dúvida, uma situação que atinge a escala social
de ponta a ponta, não poupa qualquer segmento.
Se assim é, convido todos a pensarem sobre a
situação dos mais vulneráveis. Se com acesso a boas escolas, se com amparo do establishment,
se com boa situação financeira, a situação já é complicada, imaginem como e
qual é a perspectiva de quem sofre com ensino deficitário, é outsider e
não tem recursos financeiros. O desamparo e o desalento dessas pessoas quanto
ao futuro são extremamente maiores, porque além de não conhecerem o que virá,
não dispõem de condições materiais e sociais de se preparar e de se adaptar.
Os detentores dos meios de produção não
precisarão se preocupar tanto com essas questões, pois eles serão os donos dos
robôs e das máquinas, ou seja, haverá quem trabalhe para eles e lhes dê o
retorno a que almejam. Os estabelecidos em geral, mesmo com dificuldades,
poderão estudar tecnologia de ponta e serem apadrinhados por sua rede de
contatos. Quanto aos mais pobres,
dificilmente terão acesso aos aprimoramentos necessários para, em um primeiro
momento, lidarem com a queda brusca nos níveis de emprego. Sabemos que haverá
exceções, pois sempre há, mas o grosso da população em questão em um pouco mais
ou um pouco menos de tempo não terá emprego nem renda nem educação adequada.
Chegamos aqui a um ponto crucial: como essas pessoas sobreviverão? Onde elas vão morar? O que farão no seu dia a dia? Tais perguntas não se destinam a uma ou outra pequena parcela da humanidade, e sim à maior parte dela. A artificialização do trabalho caminha para o fim, a ultraespecialização das novas funções é difícil e destinada a poucos, assim é que a necessidade de propostas torna-se premente e uma missão de todos.
Para adquirir a obra completa em sua versão física, clique em: https://loja.editoradialetica.com/humanidades/sociedade-solidaria-ensaio-filosofico
Ou em:
Para adquirir a versão digital, que está inclusive com um preço incrível, clique em: https://www.amazon.com.br/Sociedade-Solid%C3%A1ria-filos%C3%B3fico-Fernando-Sales-ebook/dp/B098KBCJFZ
Comentários
Postar um comentário