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Mostrando postagens de agosto, 2018

Análise de "Poemas para o coveiro", de Fernando Sales, por Úmero Card'Osso

Leitura de Poemas para o Coveiro “Poemas para o Coveiro” é um livro de poesia que versa sobre a morte sem conter elegias. A obra não contém elegias porque seu conteúdo afirmativo não dá margem a lamentações e dúvidas. Exceptuam-se aí o soneto que narra o suicídio de um camponês, e também a elegia dedicada à tia Selma, que na minha opinião figura como um dos melhores poemas. Ademais, “Poemas para o Coveiro” é um “livro”, não é uma antologia de melhores poemas do autor. Assim, suas partes se relacionam com um fio condutor, uma vez que, em sendo livro, há nele um planejamento. Para entender melhor esta coesão racional e estrutural, vejamos o desenvolvimento das partes do livro. Logo à primeira página, surgem os dois medos que Fernando anuncia como sendo os objetos da obra: medo da vida / medo da morte. Na 1ª parte do livro, manifestam-se questões subjacentes ao tema da finitude humana. A vida é vista como escravidão, por conta da escravidão cotidiana do trabalho (P

Resenha de "Poemas para o coveiro", de Fernando Sales (2018) - por José Luiz Foureaux (PhD em Literatura)

Resenha de "Poemas para o coveiro", de Fernando Sales (2018) - por José Luiz Foureaux (PhD em Literatura)      Um: o autor foi meu aluno e, se não me engano, chegou a fazer inciativa científica sob a minha orientação (não tenho certeza disso!). Dois: li sobre o livro na página do autor e fui mordido pela mosca da curiosidade – comprei-o. Três: gostei do conteúdo. Quatro: gosto de escrever sobre quem começa, apesar de morrer de medo de não ser compreendido sobre o que digo. Cinco: trata-se de autor iniciante sobre o qual jamais falei, nos termos em que o farei aqui. Seis: ah… deixa pra lá. Bom, pra começo de conversa, devo dizer que não sou obrigado a elogiar nada, a priori, só por ter mantido algum tipo de contato/relação com o ator. Por isso, começo com uma negativa: não gostei nada da diagramação do livro. Desmerece muitos dos poemas, prejudica, em alguns casos, a subliminar proposta estética que se depreende dos textos que ali estão encerrados. Depois de ler o li

Resenha do livro Três Vírgula Quatro Graus Na Escala Richter, de Eder Rodrigues

Resenha do livro Três Vírgula Quatro Graus Na Escala Richter, de Eder Rodrigues       Ao terminar de ler a obra "Três Vírgula Quatro Graus na Escala Richter", do multiartista  Eder Rodrigues ​, senti-me realmente tentado a tecer algumas palavras a respeito de tão prodigioso autor e de tão contundente obra.      Eder, ao longo da leitura, nos expõe a questão como: até que ponto não nos deixamos levar por uma acomodação a que chamamos felicidade? As obrigações não são, na realidade, o marasmo mascarado? Até que ponto o indivíduo pode se perder no triste dançar dos anos ?      Essa é uma obra que desfaz a família diante de nossos olhos e entre nossos dedos. Ser mãe e mulher é uma maneira de deixar os rótulos tamparem as feições da pessoa?      O que mais me chamou a atenção foi quanto a Senhora Madona sofreu um processo de objetificação consideravelmente diferente daquele a que estamos acostumados a ver. Uma coisa é ser só um corpo sexualizado; outra é ser um objeto de

Extrassensorial - poema do meu livro cantado por Gustavo Machado

"Extrassensorial" faz parte dos meus "Poemas para o coveiro" (Fernando Sales). Essa é uma belíssima versão (música) feita por  Gustavo Machado  a partir do poema. Espero que gostem. Quem gostou do som do Gustavo, a página dele no Facebook é:   https://www.facebook.com/gustavomachado.official/?ref=br_rs Sintam-se convidados a curtir minha página e a se inscrever no meu Canal Digitalismo! Vídeo disponibilizado em meu Canal Digitalismo, no YouTube. Assista! Ficou muito bonito! O link para comprar meu livro recém-lançado é: https://editoramultifoco.com.br/…/pre-venda-poemas-para-o-…/

Poemas para o coveiro - Fernando Sales

No link abaixo é possível comprar o livro "Poemas para o coveiro", do poeta Fernando Sales: https://editoramultifoco.com.br/loja/product/pre-venda-poemas-para-o-coveiro/ Uma pequena amostra: Extrassensorial o mais sutil toque o mais suave de todos eu era capaz de sentir porque minha pele era toda lava e meus poros, crateras meus dedos eram mágicas crianças que descobriam o mundo pela inédita vez nessa pura reintensidade  aprendi revivendo  tornado para dentro  cada arrepio,  acorde a me tocar  profundamente rumo  à sensibilidade  e ao que dormia em mim